domingo, 26 de maio de 2013

Pedaços Perdidos #2

Tenho pensamentos que não devia ter...aqueles que me atormentam para seu prazer...desejam o alivio do coração que bate...com forças que não tenho luto para que isto acabe...não quero ouvir o que o meu pensamento perturbado diz...sabendo que este não é um bom juiz...aos poucos cedo ao cansaço desta luta interior...que me apaga os sorrisos e o amor...deixa apenas o ódio para o meu corpo odiar...e eu cedo à tentação de assim me julgar...tudo seria mais fácil se não pudesse pensar...procurar o refugio para onde me quero retirar

C.C

 

segunda-feira, 20 de maio de 2013

#5



Solidão. 
Um bem adquirido, um mal impingido...
Por vezes necessário, outras insustentável.
Solidão... paz de espírito...
Adquirida. 
Necessária! 
Para gritar, berrar chorar ou apenas meditar, sorrir, cantar,dançar...

Impingida. Insustentável. Queremos alguém, mas n temos ninguém...nem a nós próprios! Solidão de nós.                                                                         


#4



Presa ao que sou. 
Ao que não quero ser.
Aquilo que realmente me orgulho.
Mas na verdade, será que me orgulho de algo?
Será que quero mesmo tudo, ou na verdade apenas não quero nada?
Presa neste mundo, nesta mente. 
Mundo cruel e vida difícil. Apenas deveria ser possível fugir.
Fecho os olhos! Abro-os e tudo à minha volta permanece igual.
Porque não é possível dormir e acordar no paraíso.
Se ele realmente existe!Ou se ele realmente existiu!
Porque o homem não sabe ser feliz. Apenas tem uma leve percepção do que é realmente a felicidade. Ou uma pequena ideias. Foram os homens que inventaram a palavra. Saberão realmente o seu significado?
A felicidade é momentânea, senão nunca poderíamos dizer que nos sentíamos felizes. A tristeza é momentânea, senão nunca poderíamos dizer que nos sentimos tristes. 
Na realidade, permanece a estagnação que envolve os humanos que realmente somos.


sábado, 18 de maio de 2013

Pedaços Perdidos #1





A noite aproxima-se
os pensamentos ficam em ti
os olhos não fecham e não sei o que irei pensar a seguir.
Os sonhos ficaram para traz e a escuridão embalou-me
Quero-te ao meu lado mas a dor paralisou-me
O mundo lá fora dorme em silencio
Os pensamentos na minha cabeça não param
O infinito é imenso
Quando a dor existe a noite parece não acabar
E eu luto por adormecer numa manha em que não quero acordar
Traz-me de volta à realidade, peço-te para que não me perca sem fim
Neste momento em que me encontro sem ti
As palavras embalam um adormecer em que não adormeço
Vencida pelo cansaço então a fechar os olhos começo.

C.C.

#3



Dou por mim a pensar se esta vida tem sentido. 
Será que existe realmente algo para além de nós? 
Algo superior que olha por nós na Terra?
Tornei-me descrente. Há dias que sinto que a capacidade de entender e viver a vida me está a escapar entre os dedos. Sinto que me estou a perder...
Quanto tempo esta sensação dura? Tem dias… podem ser dias inteiros, ou apenas momentos. Nessas alturas as lágrimas inundam-me os olhos, a dor afoga o coração e o medo apodera-se da racionalidade…perco-me! Deixo de me sentir eu.
Mas afinal, quem sou eu?
Mas afinal o que se passa comigo? Não sei ao certo, só sei que dói, magoa a alma, apenas, pois o físico está bem. Por isso sei que é algo espiritual, algo psicológico, algo emocional...algo, sei lá...algo!
Por vezes apodera-se de mim um medo irracional. De quê? Da perda, da morte. Mas não minha. Não sinto medo de morrer, apesar de sentir medo de perder a sanidade. Mas este medo enorme, este medo irracional é de perder aqueles que mais amo. Um medo infinito de perder um grande amor, de que maneira for. Medo de perder o amor de quem mais amo pois isso é incondicional e imperdível, mas acima de tudo medo que a morte mas leve.
E quando esse medo se apodera de mim, sinto-me a tornar-me irracional... Loucura? Talvez.
Afinal, o que se passa? Estarei a enlouquecer? O que é, eu não sei, apenas sei há quanto tempo começou, apesar de não serem situações rotineiras… há uns anos, quando Tu te foste embora!