quarta-feira, 15 de maio de 2013

#1

Um dia acordamos e a vida amarrotou-se, como uma bola de papel. Embrulhou-se de tal modo que nos levou nessa embrulhada e nos transformou num puzzle desfeito de nós mesmos.
Aos poucos esses pequenos fragmentos de nós vão-se agrupando, vão-se juntando e alinhando, acabando por reformular o puzzle. Mas este será um puzzle novo, uma nova configuração da pessoa que somos, com pedaços daquilo que, um dia, fomos, mas com mudanças signifcativas naquilo que eramos, na nossa essência.
E quando todo o puzzle está novamente construido, com todas as peças nos seus lugares, quando paramos e, então, desemaranhamos a vida, é quando percebemos que ela se virou do avesso, que já não está como nós a conheciamos, que a vemos de outra perspectiva. Mas que é esse avesso que é, agora, o lado certo.  Que é, agora, a perspectiva adaptada à nova configuração de nós... à nova configuração de mim.

E é nesse avesso que vamos olhar para trás, que vamos observar o que se passou, pensar o que mudou, perceber o que melhorou e o que ainda pode melhorar... encontrar o que piorou.... viver com o que estagnou! E é aí que percebemos o equilibrio que temos, é aí que compreendemos que, no meio das voltas da vida, nos tornamos mais amplos, fortes e complexos, mas acima de tudo nos tornamos mais nós.


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