segunda-feira, 21 de outubro de 2013

#11



Faz hoje um ano que tudo mudou...
Que a minha vida mudou!

Admito que na altura nem me apercebi da magnitude que isso teria, do impacto que sentiria quando caisse a ficha e tudo se tornasse real. Estava demasiado perdida em sonhos, em esperanças de que tudo teria solução, de que tudo voltaria e de que a felicidade poderia existir...perdida na ideia de que tudo tinha que ter tido sentido, e que tudo tinha valido a pena - estava perdida de amores, perdidamente apaixonada. Oh, o amor é cego e fez com que eu não visse o que estava ali à minha frente... ou talvez tenha visto fundo demais e tenha fechado os olhos. Porque o que os olhos não vêem o coração não sente. Mas nem sempre é assim...
Deixaste-me, ali naquele banco de jardim, e levaste contigo uma parte de mim...para sempre.

Hoje sou uma mulher nova, independente, decidida e dona de si mesma...mas no que respeita ao amor sou uma sombra conheceste...um fantasma do que tiveste! Roubaste-me esse pedaço de mim, e mesmo estando incompleta e sentindo doer ainda muito por isso, sei que vivi um conto de fadas - onde a bruxa má levou a melhor, mas que não acabou ali! Porque a princesa, um dia será rainha...

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

#10


A vida por vezes tira-nos muito. Tira-nos o tecto e o chão, atira-nos para o mais fundo de nós, de onde é tão difícil sair. Aquela escuridão que nos envolve, os demónios que se apoderam de nós e nos transformam em alguém que quase não reconhecemos como sendo nós próprios. A solidão que se sente nesse momento, a dor que nos afunda ainda mais, a depressão que chega sem avisar e que insiste em não nos largar. A apatia, a sonolência, e a incapacidade de abraçarmos um futuro mais sorridente de vermos que amanhã pode ser um dia melhor. A tormenta de sermos quem somos, de nos denegrirmos emocionalmente de tal modo que não queremos ser esse mesmo alguém, mas na verdade estamos totalmente impotentes para mudar aquilo que não gostamos. Porque não temos querer, porque não há vontade... há apenas letargia, mágoa. As lágrimas secam, o corpo deixa de sentir, e a cabeça só pensa que tudo isto pode terminar tão facilmente como começou. E é nesse ponto que a vida se toma uma bifurcação, e que temos que tomar uma decisão. É nesse momento que decidimos pôr fim a tudo, porque nada mais nos prende aqui a este pedaço de terra onde nada nem ninguém já nos pode dar algo de bom, onde já não podemos ser nada de bom até mesmo para nós... ou decidimos que temos realmente algo por que lutar, decidimos que tudo aquilo que nos deita abaixo apenas pode tornar-nos mais fortes, que talvez nada valha, na realidade, a grandeza que é a nossa vida, e que por isso ceifá-la não é o caminho.

E é então que renascemos... que sabemos realmente de que fibra somos feitos. Que nem fénix renascemos das cinzas, agarrando em toda a nossa dor, e transformando-a em experiencia, transformando-nos em algo melhor. Conhecemos o mais forte de nós, não digo o melhor, mas percepcionamos estratégias que realmente nem sabíamos que tínhamos, competências que não sabíamos existir.

Porque a vida tira, e a vida dá. Porque ao renascer, também a vida renasce connosco. Seguimos novos caminhos, conhecemos novas pessoas...pessoas essas que se tornam especiais, pessoas que adquirem uma tonalidade colorida, alegrando os nosso dias, fazendo com que o que passou não seja tão duro assim.
Quando perdemos o sentido da vida, a vida encarrega-se de nos mostrar qual o novo caminho a seguir... e temos que caminhar nele com toda a bagagem emocional que ficou connosco, sem tudo o que nos fez mal, com as recordações do bom que vivemos...e com todos aqueles que hoje, no aqui e agora, nos querem bem.
Porque são as pessoas que surgem sem que as procuremos, que surgem quando nada o fazia prever, que se tornam importantes subtilmente e , um dia, mudaram a nossa vida.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

#9



Tic...Tac...
As horas vagueiam, os minutos passeiam e os segundos correm...
Tic...Tac...
Os meus pensamentos acompanham o ritmo enquanto o sono não chega...

...e não há meio de chegar.

Tic...Tac...

sábado, 15 de junho de 2013

#8

Pratica a dicotomia. Pratica o sim e o não, o bom e o mau. Pratica o agora, ontem e o amanhã. Pratica o egocentrismo, o egoísmo. Pratica o Rei na Barriga. Pratica o "se eu não gostar de mim, quem gostará". Pratica a beleza, e o miau. Pratica o ar desgrenhado. Pratica a honestidade, a lealdade e a humildade. Pratica o "levas um murro da tromba". Pratica a amizade, o riso e as gargalhadas. Pratica o choro e a revolta. Pratica as parvoíces. Pratica o racionalismo e profissionalismo. Pratica a agressividade. Pratica o peace, e o love. Pratica o odeio-te, és uma desilusão.Pratica o AMO-TE <3.
Pratica oYin, e o Yang.
Pratica o "Vai-te F#4"R", be yourself.

Mantém-te fiel a ti mesma!


segunda-feira, 3 de junho de 2013

#7

Já não sei quem sou!
Conheço o meu melhor... conheço o meu pior... mas na verdade não me reconheço assim!
Será possível dizer que ainda sou eu?
Porque nesta amálgama daquilo que fui, neste vazio daquilo que sou, e na incerteza daquilo que serei... sinto-me oca, sinto-me desaparecer nesta infindável dor.
Uma dor só, que não desaparece.
Diz-me tu, sim tu aí, que um dia conheceste o meu melhor, sem conheceres este meu pior...diz-me que ainda me reconheces, diz-me que ainda sou aquele turbilhão de emoções, que ainda sou aquele ser, meio corpo meio mente... diz-me, porque de mim me tornei descrente!



#6

Só hoje caiu a ficha...
Caiu ali, quando olhei e te vi, ali deitado... inerte. Não eras tu, não podias ser tu, não queria que fosses tu.
Só quando temos a verdade na frente dos nossos olhos é que caimos na realidade... é quando cai a ficha.

Porque é tudo tão injusto. Porque a vida é tão efêmera e nós sem nos apercebemos disso. Quando, num piscar de olhos, perdemos aqueles que um dia marcaram a nossa vida de algum modo, é aí que percebemos o quanto desvalorizamos aquilo que temos, quando temos. E é quando surge a dor, a culpa e o arrependimento...se o arrependimento matasse, estaria aí ao teu lado a dar-te um daqueles abraços que só tu sabias dar.
Pode parecer ridículo, as pessoas podem não perceber o porquê das minhas lágrimas porque, na verdade, por estupidez, acabámos por nos afastar, mas tu, onde quer que estejas, sabes o papel que tiveste na minha vida, e eu sei o papel que tive na tua...e sei que aquilo que viveste, viveste em grande.

Até já meu querido.


domingo, 26 de maio de 2013

Pedaços Perdidos #2

Tenho pensamentos que não devia ter...aqueles que me atormentam para seu prazer...desejam o alivio do coração que bate...com forças que não tenho luto para que isto acabe...não quero ouvir o que o meu pensamento perturbado diz...sabendo que este não é um bom juiz...aos poucos cedo ao cansaço desta luta interior...que me apaga os sorrisos e o amor...deixa apenas o ódio para o meu corpo odiar...e eu cedo à tentação de assim me julgar...tudo seria mais fácil se não pudesse pensar...procurar o refugio para onde me quero retirar

C.C

 

segunda-feira, 20 de maio de 2013

#5



Solidão. 
Um bem adquirido, um mal impingido...
Por vezes necessário, outras insustentável.
Solidão... paz de espírito...
Adquirida. 
Necessária! 
Para gritar, berrar chorar ou apenas meditar, sorrir, cantar,dançar...

Impingida. Insustentável. Queremos alguém, mas n temos ninguém...nem a nós próprios! Solidão de nós.                                                                         


#4



Presa ao que sou. 
Ao que não quero ser.
Aquilo que realmente me orgulho.
Mas na verdade, será que me orgulho de algo?
Será que quero mesmo tudo, ou na verdade apenas não quero nada?
Presa neste mundo, nesta mente. 
Mundo cruel e vida difícil. Apenas deveria ser possível fugir.
Fecho os olhos! Abro-os e tudo à minha volta permanece igual.
Porque não é possível dormir e acordar no paraíso.
Se ele realmente existe!Ou se ele realmente existiu!
Porque o homem não sabe ser feliz. Apenas tem uma leve percepção do que é realmente a felicidade. Ou uma pequena ideias. Foram os homens que inventaram a palavra. Saberão realmente o seu significado?
A felicidade é momentânea, senão nunca poderíamos dizer que nos sentíamos felizes. A tristeza é momentânea, senão nunca poderíamos dizer que nos sentimos tristes. 
Na realidade, permanece a estagnação que envolve os humanos que realmente somos.


sábado, 18 de maio de 2013

Pedaços Perdidos #1





A noite aproxima-se
os pensamentos ficam em ti
os olhos não fecham e não sei o que irei pensar a seguir.
Os sonhos ficaram para traz e a escuridão embalou-me
Quero-te ao meu lado mas a dor paralisou-me
O mundo lá fora dorme em silencio
Os pensamentos na minha cabeça não param
O infinito é imenso
Quando a dor existe a noite parece não acabar
E eu luto por adormecer numa manha em que não quero acordar
Traz-me de volta à realidade, peço-te para que não me perca sem fim
Neste momento em que me encontro sem ti
As palavras embalam um adormecer em que não adormeço
Vencida pelo cansaço então a fechar os olhos começo.

C.C.

#3



Dou por mim a pensar se esta vida tem sentido. 
Será que existe realmente algo para além de nós? 
Algo superior que olha por nós na Terra?
Tornei-me descrente. Há dias que sinto que a capacidade de entender e viver a vida me está a escapar entre os dedos. Sinto que me estou a perder...
Quanto tempo esta sensação dura? Tem dias… podem ser dias inteiros, ou apenas momentos. Nessas alturas as lágrimas inundam-me os olhos, a dor afoga o coração e o medo apodera-se da racionalidade…perco-me! Deixo de me sentir eu.
Mas afinal, quem sou eu?
Mas afinal o que se passa comigo? Não sei ao certo, só sei que dói, magoa a alma, apenas, pois o físico está bem. Por isso sei que é algo espiritual, algo psicológico, algo emocional...algo, sei lá...algo!
Por vezes apodera-se de mim um medo irracional. De quê? Da perda, da morte. Mas não minha. Não sinto medo de morrer, apesar de sentir medo de perder a sanidade. Mas este medo enorme, este medo irracional é de perder aqueles que mais amo. Um medo infinito de perder um grande amor, de que maneira for. Medo de perder o amor de quem mais amo pois isso é incondicional e imperdível, mas acima de tudo medo que a morte mas leve.
E quando esse medo se apodera de mim, sinto-me a tornar-me irracional... Loucura? Talvez.
Afinal, o que se passa? Estarei a enlouquecer? O que é, eu não sei, apenas sei há quanto tempo começou, apesar de não serem situações rotineiras… há uns anos, quando Tu te foste embora!